Cientistas da universidade de Harvard, nos EUA, conseguiram
desenvolver um aparelho do tamanho de uma moeda capaz de identificar
células cancerígenas e o vírus HIV no corpo humano. O anúncio foi feito
na tarde desta segunda-feira (28/03/2011), e sem dúvida representa uma grande
esperança no diagnóstico precoce destas doenças – o que aumenta as
chances de cura.
A equipe responsável pelo aparelho é
composta de um bioengenheiro de Harvard e um engenheiro aeronáutico do
MIT. O invento é tão eficaz que é “capaz de identificar uma única célula
cancerígena em uma amostra de sangue, permitindo que médicos consigam
determinar rapidamente se o câncer se espalhou pelo organismo”, diz o
comunicado.
A ideia é que o equipamento ganhe uma versão de
baixo custo para ser usado por médicos em países em desenvolvimento,
para substituir os atuais – e caros - métodos de diagnóstico dessas
doenças.
O equipamento é uma evolução de uma versão
anterior desenvolvida pelo bioengenheiro Mehmet Toner quatro anos atrás.
Aquela versão usava sangue coletado de pacientes que circulada por
milhares de pequenos tubos de silicone preenchidos com anticorpos que se
prendem a células cancerígenas, prendendo-as.
O trabalho
do especialista em aeronáutica, Brian Wardle, foi conseguir que esses
tubos se tornasse mais eficientes e aumentassem a eficácia do teste.
Wardle é especialista em materiais avançados de nanoengenharia. A
parceria rendeu a nova versão do aparelho, que usa nanotubos de carbono
capazes de coletar células doentes oito vezes melhor do que a versão de
quatro anos atrás.
Essa “pesca” de células cancerígenas
consegue detectar cânceres em seus estágios iniciais, quando eles ainda
estão começando a se espalhar – nesse estágio as células começam a se
espalhar pela corrente sanguínea. Das mortes causadas por câncer, 90%
são causadas por cânceres que se espalharam para outros lugares do
corpo”, diz Wardle.
Os cientistas agora trabalham em uma
adaptação do aparelho capaz de diagnosticar HIV. Testes estão sendo
conduzidos em vários hospitais e uma versão comercial deve estar
disponível nos próximos anos.
Por: Sâmara Mendes
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