Cientistas do Centro de Oncologia da Universidade do Texas (Estados Unidos) mostraram com experimentos em ratos que os filtros solares são ineficazes na prevenção do câncer de pele mais mortal que existe: o melanoma. As pessoas têm de entender que o filtro solar não é salvo-conduto para que se cometam abusos contra a pele.
Os protetores solares evitam queimaduras, rugas precoces e manchas de pele causadas pelo sol. Mais é preciso saber que a proteção é nula com relação ao melanoma.
A sigla FSP (fator de proteção solar) movimenta hoje 30 milhões de dólares no Brasil, com a venda de 1 milhão de litros de protetor solar. Enigmática para a maioria dos consumidores, a numerologia dos filtros solares encerra uma aritmética banal.
Uma criança que após 20 minutos de exposição ao sol começasse a apresentar queimaduras, ao usar o filtro com FSP-4 poderia estender esse prazo para 80 minutos. Seriam 160 minutos, se o FSP fosse 8. O problema é que os filtros não protegem o organismo contra todas as formas de radiação solar. Na Austrália, não permite a venda de filtros rotulados com FSP superior a 15, para não induzir o comprador à idéia de estar super-protegido.
Em cada 100 casos de câncer de pele, 93,5 acontecem em brancos e apenas 6,5 em negros. A resistência maior dos negros se explica pela maior quantidade de melanina que eles têm na pele. A melanina é o melhor filtro solar conhecido, e por isso, uma das conquistas médicas mais desejada é produzi-la artificialmente. Enquanto isso não acontece, os filtros tradicionais reinam. Usar filtro solar, guarda-sol, chapéu, camiseta e sobre tudo bom senso ainda é a receita ideal para enfrentar a praia com certa segurança.
Cleidivânia Rosário, II Semestre.
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